O Casarão
A cidade de Santos foi palco de grandes transformações urbanas e sociais no início do século XX, ocasionadas pela comercialização do principal produto de exportação no período, o café.
Modificações iniciadas na segunda metade do século XIX com grandes investimentos no município, tais como a inauguração da ferrovia, em 1867, a abertura do porto organizado, em 1892, a reformulação do traçado urbano, acrescido de um aumento populacional, principalmente de imigrantes. Conjunto de empreendimentos que instigaram a expansão espacial, dando uma nova dinâmica urbana, levando a formação de novos bairros.
Muitas das famílias abastadas que residiam no centro da cidade mudam-se nas primeiras décadas do século XX, para a região da praias em busca de uma melhor qualidade de vida. Estabelecendo um novo eixo de ligação – Centro – Praia da Barra, hoje Boqueirão.
Dentre as diversas famílias está a de Anton Carl Dick, alemão, proprietário do curtume na região, que por volta de 1908, constrói, em um terreno de 6.600 m2, no nº 12 da antiga Avenida da Barra, à beira mar, sua residência, na qual vive por três anos. Vende, em 1911, para Francisco da Costa Pires, português, exportador de café, que mora com sua a família até 1913, quando precisa comercializar o imóvel que por motivos financeiros.
Em seguida, a casa é ocupada pelo Asilo dos Inválidos, que permanece no casarão por um período de oito anos. Nesta época o edifício já apresentava o terraço superior, as colunas duplas em baixo e as grades de madeira em lanças arredondadas entre grossos pilares, uma vez que, no projeto original, não apresentava a varanda lateral, a entrada para carros e a escada fora projetada diferente da atual.
No ano de 1921, Pires readquire o Casarão, reformando-o inteiramente, passando a casa a ter aparência e a forma atual. Foram dois anos de remodelação, empregando elementos ornamentais em estilo art nouveau, mármore Carrara na escadaria, ferro maciço nos corrimões, vitrais no alpendre e na varanda das salas, executados pela Casa Conrado de São Paulo, pinturas decorativas, e na parte externa, jardins em estilo francês, com bancos, pérgolas e uma fonte decorativa na lateral direita da casa.
Entre 1923 a 1935, foi um período de pujança, porém 1936 a residência é vendida para Companhia Sul América de Capitalização, e transforma-se, por dois anos, em pensionato para moças.
Posteriormente é adquirida pelo sr. Antonio Canero, espanhol que enriquecera com negócio de ferro velho. A família reside até 1978, neste interím falece o sr. Canero, levando à divergências o futuro do imóvel.
A Prefeitura intervém, e em 9 de outubro de 1979, é declarada de utilidade pública para fins de desapropriação pelo prefeito Carlos Caldeira Filho, todavia não houve um consenso entre os herdeiros e a municipalidade, ocasionando o abandono do Casarão, tornando-se um cortiço, onde viveram cerca de 24 famílias.
Novamente a Prefeitura intercede e são estudadas diversas sugestões para a utilização do casarão, tais como: sede da Câmara Municipal, Balneário Municipal, sede da Secretaria de Turismo ou espaço para atividades culturais. Em 1986 decide-se que no imóvel seria instalada a Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto.
Principia o restauro do edifício, com as adequações necessárias para abrigar espaços expositivos e para atividades culturais da instituição, com a inauguração em 04 de abril de 1992,
Em 13 de dezembro de 2012, o imóvel é tombado pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos – CONDEPASA, por sua representatividade arquitetônica, como o último dos casarões existentes na região da época áurea do café.
Hoje a sede da Pinacoteca Benedicto Calixto, também conhecida como Casarão Branco é uma referência cultural para Santos e região.
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