Amazônia, terra em transe – a fotografia de Victor Moriyama como denúncia e arte engajada
De 14 de março a 20 de abril de 2025, na Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos-SP
Santos, março de 2025 - A Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto tem a honra de apresentar a exposição
“Amazônia, terra em transe”, fotografias de Victor Moriyama, que abre a agenda expositiva de 2025 e inaugura
a 3ª edição do Projeto Arte na Pinacoteca. A mostra acontece em um ano simbólico para o debate ambiental,
no qual o Brasil sedia a COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém do Pará.
Com curadoria de Antonio Carlos Cavalcanti Filho e Carlos Zibel, a exposição reúne um poderoso conjunto de
imagens que revelam, com profundidade e sensibilidade, a devastação da Amazônia e os impactos socioculturais
dessa destruição. Mais do que um registro documental, as fotografias de Moriyama funcionam como um manifesto
visual, explorando a relação entre progresso e degradação e dando visibilidade à luta das populações indígenas
e ribeirinhas pela preservação de suas terras e culturas.
“A fotografia tem o poder de criar uma conexão emocional com o espectador. Meu objetivo é que as pessoas sintam o peso
da destruição da Amazônia, mas também reconheçam a força e a resistência dos povos que vivem nela”
, afirma Victor Moriyama.
Desde a chegada dos colonizadores, a Amazônia tem sido retratada como um paraíso de recursos inesgotáveis.
A exposição desconstrói essa visão romântica da floresta, apresentando imagens que evidenciam as consequências
do desmatamento, das queimadas e da exploração ilegal de terras. Moriyama denuncia não apenas a destruição
ambiental, mas também os impactos sociais dessa crise, incluindo o deslocamento forçado de comunidades e
a perda de modos de vida tradicionais.
A mostra convida o público a um olhar crítico sobre as relações de poder e os discursos históricos que
sustentam a exploração da Amazônia. Inspirada no conceito de arte engajada, a exposição questiona a herança
colonialista e eurocêntrica na representação da floresta e propõe um espaço de reflexão sobre a importância
do protagonismo dos povos indígenas na luta pela preservação ambiental.
“Não se trata apenas de registrar imagens. É sobre dar visibilidade a histórias que muitas vezes são ignoradas,
sobre criar pontes entre realidades distantes e provocar mudanças”
, diz Moriyama.
A exposição está organizada em quatro ambientes interligados, que apresentam diferentes perspectivas sobre a Amazônia contemporânea:
- Devastação ambiental e sociocultural – O impacto do desmatamento, queimadas e ocupação ilegal.
- Cultura indígena e resistência – Retratos e cenas do cotidiano das comunidades indígenas, destacando
sua luta pela preservação cultural e territorial.
- Infância e natureza – A relação das novas gerações com o meio ambiente e os impactos da degradação
ambiental sobre suas vidas.
- A luta pela terra – A batalha diária dos povos originários e ribeirinhos contra a exploração predatória.
“O que está acontecendo na Amazônia afeta o mundo inteiro. É uma questão global, e minha missão é amplificar
essas vozes e essas paisagens que estão desaparecendo diante dos nossos olhos”
, destaca o fotógrafo.
A exposição “Amazônia, terra em transe” faz parte da 3ª edição do projeto Arte na Pinacoteca, uma realização
do Ministério da Cultura, patrocinado pela Ecovias, Rumo, Instituto Rumo, Brasil Terminal Portuário (BTP),
MSC, MEDLOG e G. PIEROTTI, por meio da lei de incentivo à cultura, promovido pela Fundação Benedicto Calixto,
promovido pela Fundação Benedicto Calixto. A direção executiva do projeto é de Leila Gazzaneo e a produção
executiva é de Fábio Luiz Salgado.
Sobre o artista:
Victor Moriyama, paulistano, é formado em Comunicação Social com ênfase em Rádio e TV e iniciou sua carreira
na Folha de S.Paulo. Especializou-se em fotojornalismo investigativo, documentando questões socioambientais
na América Latina, especialmente na Amazônia.
Atualmente, trabalha regularmente para o The New York Times e colabora com veículos como National Geographic,
Le Monde, Libération e El País. Em 2022, foi reconhecido com o George Polk Award e foi finalista do Prêmio
Pulitzer, ambos pelo trabalho desenvolvido com a equipe do New York Times. Recentemente, tornou-se membro
da prestigiada Agência Noor, um dos mais importantes coletivos de fotografia documental do mundo.
Suas exposições internacionais incluem:
- Perpignan, França (2020)
- Culturescapes – Solo Exhibition, Suíça (2021)
- Open Society Foundation, Colômbia (2022)
- aBarcelona, Espanha (2024)
Serviço : “Amazônia, terra em transe”
Pinacoteca Benedicto Calixto – Santos, SP
Avenida Bartholomeu de Gusmão 15 em Santos - SP
Período: 14 de março a 20 de abril de 2025
Funciona de terça a domingo, das 9h às 18h com entrada gratuita.
Acompanhe a programação no Instagram: @pinacotecabenedictocalixto
Mais informações pelo WhatsApp da Pinacoteca: (13)99734-6364